Rescindiu o contracto. Já não há volta para o vizinho que veste armani. Terá outras vistas, bem mais tranquilas do que as que tinha cá. E a única coisa que lhe vai tirar o sono, é a ideia de como tudo seria se o caminho percorrido tivesse sido outro.
E assim sai, aparentemente alheio a tudo, e assim sai com a certeza de que o destino será o elo mais forte, será aquele que ditará se tínhamos ou não razão ao dizer o quão errado era o caminho dele.
Há um livro que se chama "Gostar de quem não gosta de nós". Mas nesta historia é diferente, aqui o titulo pronuncia-se num outro tom "Gostar de quem a isso nos obriga". Se bem que ninguém gosta obrigado, se bem que, eu acredito, que longe do essencial se aprende a gostar do desnecessário. Que longe dos lugares comuns, se aprende a começar de novo. E se as recaídas voltarem, será quando em alguma palavra ou algum objecto se lembrar, nostalgicamente, de um passado tão pouco vivido.
O tempo e o destino a seu tempo dirão (desculpem a redundância), se foi um dia feliz o dia que ele vestiu armani.
Não sei se rio. Não sei se choro. Relaxo apenas.
By C.
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