terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Multisystem


A minha televisão tem os mesmos anos de existência do meu curso. Foi daquelas compras imprescindíveis ao chegar a uma nova cidade para esse mundo que é a universidade (e que in/felizmente está a chegar ao fim).

Sendo o aparelhometro que é, os meus olhinhos pousaram-se nela ao longo de todos estes anos milhares de milhões de vezes, pelo que "conhece-la" não se punha em questão.

Era era, era o verbo conhecer, pois hoje, como que numa revelação, eu vi a palavra multisystem mesmo escancarada no canto da televisão ao lado da marca. Juraria que aquilo nunca esteve ali. Nunca! Não estão a ver o que foi um momento de focagem demorada que eu ali tive perante aquilo. Se já me tinham dito que não me apercebo de metade do que se passa a minha volta, hoje não tive nenhuma duvida que isso é verdade.

Na Queima das Fitas, enquanto dançava junto a uma barraca qualquer, um menino muito aflito decidiu fazer ali mesmo ao meu lado o seu xixi e minha pessoa, só estranhou o porque de as pessoas se afastarem, nunca o cheguei a ver e só soube porque a C. me explicou o que tinha "acontecido". Se estiver a falar com alguém e me perguntarem o que tinha vestido, mesmo que esteja coberto em sangue, eu não vejo. Não vejo pronto. Se falo com alguém, pode estar um prédio a desabar que eu não vejo (desde que o faça em silencio). Perguntem-me se usava aliança, nunca repararei. Ontem no "supremecado" tropecei numa palete das frutas... enfim, eu estava as compras, não estava a procura de um brinco não é? Não tenho culpa.

Sempre olhei para a televisão e nunca vi o raio da palavra multisystem, agora imagino eu o que tenho perdido ao longo destes anos.

C. tens mesmo razão. =)

by N.

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