Partilhar o elevador é uma coisa que nos faz entrar num estado "nem sei que faça, não sei que diga", e quando a técnica da mala já parece isso mesmo, uma técnica, então ai é ver o ar adquirir uma densidade elevada e aquele espaço ficar bem pequeno sem escapatória possível.
Na espera do elevador, o vizinho do 4º Direito aproxima-se da entrada do prédio. Uma vez que que não estávamos de costas, o "aí que pena, já entrei, não vi chegar, lamentavelmente não vamos partilhar uma viagem espectacular", tivemos que esperar ...
Menos mal ser ele da nossa idade e entender que a "sangria de champanhe" é um néctar poderoso que transformou os meus cabelos num ser com vida própria.
Em tom de brincadeira (ou não), quando chegamos á nossa saída:
"Vizinho,agora não fiques aí agora a ouvir-nos, sim?"
O certo é que o elevador se fechou e dali não saiu. Ele jurava que não era culpa dele, eu chamei-o mentiroso á descarada, ele saiu, mudou de elevador e ... nada!
Era rir a bandeiras despregadas ( ui que expressão é esta!) e ver o nosso vizinho muito envergonhado.
O certo é que o elevador não ia para o 4º andar e só quando em jeito de tirar a verdade a gente entrou é que ele subiu.
Sim, os elevadores gostam de nós... e vizinho, se queres a nossa presença, fica mais fácil convidar para café... é que por aqui, as meninas não gostam de elevadores.
by N.
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